A febre do Oropouche fez mais uma vítima no estado do Rio de Janeiro, elevando para quatro o número de óbitos pela doença. A vítima mais recente é uma mulher de 38 anos, residente de Nilópolis, na Baixada Fluminense. A confirmação veio após análises realizadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Os outros três óbitos registrados no estado ocorreram em Cachoeiras de Macacu, Paraty e Macaé, cidades que também concentram grande parte dos casos notificados.
Monitoramento e Cenário Nacional
A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro informou que, desde a notificação da primeira morte suspeita, a comissão de investigação de óbitos da pasta tem monitorado semanalmente o avanço da Oropouche. Essa ação reforça a vigilância diante da disseminação do vírus.
De acordo com Alexandre Chieppe, médico sanitarista e presidente do Instituto Vital Brazil, ligado à Secretaria de Saúde do estado, a identificação do vírus em praticamente todo o país se intensificou desde dezembro de 2024. Foi nesse período que o Ministério da Saúde atualizou e tornou mais rígido o protocolo de vigilância para a doença.
Diagnóstico Desafiador e Transmissão
Um dos desafios no diagnóstico da febre do Oropouche é a semelhança de seus sintomas com os da dengue e da chikungunya. Chieppe explica que a confirmação da presença do Oropouche geralmente ocorre após a testagem negativa para essas duas doenças mais conhecidas.
A febre do Oropouche é transmitida principalmente pelo maruim, um inseto pequeno e comum em áreas de mata, cachoeiras e plantações de banana. O vírus, que antes era restrito ao bioma amazônico, começou a se disseminar para outros estados no início do ano passado, em parte devido ao movimento migratório das pessoas.
Casos no Estado
Até o momento, o estado do Rio de Janeiro registrou 1.836 casos da doença neste ano. As cidades com maior concentração de ocorrências são Cachoeiras de Macacu, Macaé, Angra dos Reis e Guapimirim.
A crescente incidência e o aumento no número de mortes reforçam a importância de a população ficar atenta aos sintomas e procurar atendimento médico em caso de suspeita, especialmente em regiões com maior circulação do vírus.
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