Em seu retorno à atmosfera da Terra, o escudo térmico deve suportar uma velocidade de mais de 40.000 quilômetros por hora e uma temperatura de 2.760 graus Celsius.
Cinquenta anos após a última missão Apollo, o programa Artemis deve assumir a exploração lunar com um lançamento de teste na próxima segunda-feira (29) do foguete mais poderoso da história da NASA.
O objetivo é levar seres humanos de volta à Lua após a missão Apollo de 1972 e, eventualmente, à Marte.
O foguete de 98 metros do Sistema de Lançamento Espacial (SLS) está programado para decolar às 8h33 (9h33 de Brasília) do Centro Espacial Kennedy (KSC, na sigla em inglês) na Flórida.
A missão, planejada há mais de uma década, não é tripulada, mas altamente simbólica para a NASA, dada a pressão da China e de concorrentes privados como a SpaceX.
Os hotéis ao redor de Cabo Canaveral estão lotados e entre 100.000 e 200.000 espectadores são esperados para o lançamento.
O enorme foguete laranja e branco está estacionado no Complexo de Lançamento 39B do KSC há uma semana.
"Desde que foi posicionado na plataforma na semana passada, você pode sentir a emoção, a energia", diz Janet Petro, diretora do KSC.
O objetivo do voo, batizado de Artemis I, é testar o sistema SLS e a cápsula da tripulação Orion localizada no nariz do foguete.
Bonecos equipados com sensores tomarão os lugares dos membros da tripulação e registrarão os níveis de aceleração, vibração e radiação.
Além disso, câmeras irão capturar todos os momentos da jornada de 42 dias e uma "selfie" da espaçonave será feita com a Lua e a Terra ao fundo.
Pouso no Pacífico
A cápsula Orion orbitará a Lua e chegará a cerca de 100 km no máximo e, em seguida, acionará seus motores para atingir uma distância de 64.000 km, um recorde para uma aeronave feita para transportar humanos.
Um dos principais objetivos da missão é testar o escudo térmico da cápsula, que com quase 5 metros de diâmetro é o maior já construído.
Em seu retorno à atmosfera da Terra, o escudo térmico deve suportar uma velocidade de mais de 40.000 quilômetros por hora e uma temperatura de 2.760 graus Celsius.
Orion, cuja descida será contida por paraquedas, terminará sua jornada com um mergulho na costa de San Diego, no Pacífico.
A decolagem na segunda-feira dependerá do clima, que pode ser imprevisível na Flórida nesta época do ano. Por essa razão, a NASA tem uma janela de lançamento de duas horas.
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